uma
site
específica
composta
por
espectros
de
cinestesia
inventada
a
partir
de
referências
pessoas
coisas
e
forças
que

passaram
pela
Terra
e
pelo
ar
em
diferentes
tempos
e
geografias
dentro
e
DESPEDA
N
fora
espectros
Dancing
My
Cancer
fora
fora
fora
fora
fora
fora
ÇADA

que
a maior
parte
delas
inicialmente
tratava-se
de
pessoas
que

não
mais
respiram
o
ar
desse
planeta
como
a
coreógrafa
americana
Anna
Halprin
com
o
registro
de
da
memória
como
um
rio
que
não
pára
de
correr
em
um
fluxo
ininterrupto
esfregadando
-se
no
mundo
para
soltar
faíscas
e
lágrimas
de
mar
que
vasculha
a
gaveta
e
faz
brilhar
a
camiseta
comida
por
traça
que
morreu
de
barriga
cheia
de
história
que
vira
fungo
para
novos
encontros
com
durações
variadas
mas
sempre
como
passagem
que
não
pára
de
seguir
tátil
co/
movendo
-se
em
uma
correnteza
infinita
com
coreografia
de
Cristian
Duarte
que
compreende
coreografia
como
uma
substância
composta
por
múltiplos
aspectos
e
movimentos
que
contornam
uma
criação
desde
o
seu
desenvolvimento
conceitual
até
as
esferas
de
produção
que
pressionam
os
gestos
artísticos
sendo
sempre
coreografia
que
empresta
o
seu
co
para
co-imaginar
co-criar
co-produzir
uma
despe
dança
da
Aline
Bonamin
Allyson
Amaral
Cristian
Duarte
Danielli
Mendes
Felipe
Stocco
Gabriel
Tolgyesi
Natália
Mendonça
Maurício
Alves
Paulo
Carpino
e
Tom
Monteiro
(que
faz
música
ser
dança)
convidadas
para
elaborar
juntas
pela
plataforma
zoom
e
sozinhas
em suas
casas
com seus
próprios
celulares
pedaços
imagens
sons
textos
e
outras
enquanto
uma
conversa
com
figuras
referências
que
compõem
algumas
das
histórias
de
danças
que
chamamos
de
em
que
a
artista
pôde
reverter
um
processo
canceroso
de
seu
corpo
talvez
por
estarmos
em
um
momento
em
que
a
iminência
da
morte
permeia
nosso
dia
a
dia
com
intensidade
brutal
talvez
por
sentir
que
assim
como
Halprin
precisamos
expurgar
um
câncer
de
nossas
vidas
e
do
nosso
país
seu
gesto
impulsionou
nosso
trabalho
e
regenerou
tentáculos
para
que
em
meio
ao
isolamento
pandêmico
que
confina
o
corpo
não
nos
fizesse
perder
a
liga
e
a
vontade
de
sonhar
com
tonalidades
surrealistas
de
um
presente
realmente
cruel
que
pede
muita
alquimia
para
materializar
um
olhar
interessado
no
passado
que
em
vídeo
pode
ser
representado
quando
se
volta
a
fita
que
é
também
metáfora
da
memória
que
como
disse
o
Waly
Salomão
é
uma
ilha
de
edição
então
o
tempo
revirou
nossas
cabeças
fazendo
fim
ser
começo
que
buga
seu
corpo
inteiro
viciado
em
frente
que
a
gente
neste
contexto
tratava
de
cuidar
nas
ENSAulas
das
manhãs
dos
sábados
que
desde
7
de
novembro
de
2020
estabeleceu
uma
regularidade
porosa
de
encontros
e
práticas
com
outres
corpes
de
várias
geografias
que
emocionaram
a
fáscia
deste
projeto
manifestando-se
sem
distinção
entre
dentro
e
suas
poéticas
através
de
jams
virtusensoriais
apelidadas
de
surradá
que
movimentou
o
sangue
de
Alan
Athayde
Aline
Bonamin
Allyson
Amaral
Cristian
Duarte
Felipe
Stocco
Gabriel
Tolgyesi
Helena
Bachur
Laura
Salerno
Letícia
Nabuco
Lucas
Koester
Luciana
Nobrega
Marcelo
Camargo
Mayra
Azzi
Michael
dos
Santos
Natália
Mendonça
Nuno
Liin
Paulo
Carpino
Renata
Aspesi
Thais
Ponzoni
Tom
Monteiro
além
de
outres
que
atravessaram
sábados
e
laboratórios
de
a
e
ainda
a
presença
dramatúrgica
de
Júlia
Rocha
e
Clarice
Lima
que
nos
faz
inventar
palavras
como
oráculo
para
designar
as
interlocuções
que
se
manifestam
também
da
hora
da
agenda
legal
que
este
processo
provocou
em
todas
as
artistas
desta
criação
com
diferentes
tonalidades
de
presença
capaz
de
alongar
a
performance
de
Aline
Bonamin
e
Gabriel
Tolgyesi
para
esferas
da
dramaturgia
oracular
que
se
intensificou
no
momento
de
direcionar
a
atenção
para
as
escolhas
e
acabamentos
com
rigor
coerência
que
a
própria
obra
exigia
quando
se
revelava
corpo
com
marcas
que
essa
dança
específica
aglutina
em
site
com
design
de
cola
quente
criada
por
nós
mesmas
com
nossas
habilidades
que
também
se
atualizam
da
mesma
forma
que
os
aplicativos
mas
sem
capitalizar
pois
o
orçamento
foi
feito
antes
da
pandemia
para
um
projeto
do
mundo
presencial
que
precisou
virar
pixel
que
também

é
carne
e
faz
este
recorte
nos
lembrar
de
tudo
que
fica
de
uma
série
de
etceteras
como
micélio
que
não
pára
de
se
ramificar
tocar
e
transformar
futuros
passados
presentes
em
movimento
contínuo
que
promove
novas
conexões
e
encontros
como
esta
criação
que
partiu
de
referências
da
dança
mas
que
nos
fez
esbarrar
em
cineastas
fotógrafos
escultores
estilistas
artistas
visuais
cantoras
escritoras
também
vivas
e
até
lugares
nos
permitindo
sentir
que
não
se
tratava
de
quems
mas
da
vibração
de
seus
gestos
e
coisas
que
permanecem
circulando
por

a