C A C O S
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A série coreográfica
C A C O S foi criada em 2023 por Cristian Duarte
em companhia dentro do projeto
KINTSUGI. Composta por cinco danças — quatro duetos e um trio —, a série emerge das articulações das distintas subjetividades, corporeidades e imaginações das artistas da companhia.
O termo “cacos” remete à uma peça de cerâmica quebrada, cujos fragmentos, ao serem reunidos, carregam as marcas de sua trajetória. Foi essa imagem que inspirou o projeto KINTSUGI, no qual a companhia tomou como referência a técnica artesanal japonesa homônima. No
kintsugi, peças de cerâmica quebradas são reparadas com um verniz misturado com ouro, evidenciando as fissuras em vez de escondê-las. Esse gesto de valorização das imperfeições ressignifica a peça, tornando suas rupturas parte essencial de sua beleza e singularidade.
Para o coreógrafo,
kintsugi tornou-se uma metáfora potente para os processos de continuidade da companhia, bem como uma oportunidade para refletir sobre memória, resiliência e perseverança. Em KINTSUGI, olhamos para os diversos fragmentos do que já fizemos, reconhecendo-os como partes essenciais de nossa trajetória, enquanto tateamos novas perspectivas sobre quem éramos e quem somos. O agenciamento coletivo dos cacos ao final do projeto gerou a obra
e nunca as minhas mãos estão vazias - a mais recente criação de Cristian Duarte
em companhia, com nove artistas em cena.
Em
2025, a companhia retoma C A C O S no contexto do projeto
SEMPRE JUNTO E NUNCA IGUAL, contemplado pela
36ª edição do Programa Municipal de Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura. Neste novo desdobramento, Cristian Duarte
em companhia dá continuidade à sua pesquisa em dança por meio da manutenção e circulação de obras de seu repertório, ampliando suas ações e presenças na cidade de São Paulo, e reiterando uma atuação interessada em ser cada vez mais porosa e acessível.
As ações de SEMPRE JUNTO E NUNCA IGUAL ocorrem até o final do mês de Agosto de 2025, englobando ensaios regulares, laboratórios, jams e apresentações públicas. Cristian Duarte
em companhia segue residente desde 2013 na
Casa do Povo, um dos mais importantes centros culturais da cidade de São Paulo, reafirmando seu compromisso com a experimentação artística e o encontro com diferentes públicos.
CACO#2
ME ENVENENA, VEM CÁ
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Como as redes sociais e a internet ecoam em você? E nos seus gestos? Nesse dueto dirigido por Cristian Duarte, os dançarinos Gabriel Tolgyesi e Maurício Alves buscam modos de estabelecer conexões entre si, com a plateia e com o mundo, reverberando corpo-verborragicamente em palavras-danças aquilo que circula em seus feeds, desde memes até trágicas notícias.
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Uma coreografia de Cristian Duarte em companhia
Criação e Dança: Gabriel Tolgyesi e Maurício Alves
Coreografia e Direção: Cristian Duarte
Assistência de direção: Rodrigo Andreolli
Acompanhamento dramatúrgico: Júlia Rocha
Figurinos: em companhia
Trilha sonora para pedal: composta ao vivo pelo elenco
Música: introdução de Guitarra Baiana de Moraes Moreira
Iluminação: André Boll
Fotografia: Leandro Berton
Produção: Corpo Rastreado - Lud Picosque
Sempre Junto e Nunca Igual: Aline Bonamin, Allyson Amaral, André Boll, Andrea Rosa Sá, Casa do Povo, Cristian Duarte, Corpo Rastreado, Danielli Mendes, Felipe Stocco, Gabriel Fernandez Tolgyesi, Júlia Rocha, Leandro Berton, Mauricio Alves, Mayra Azzi, Paulo Carpino, Renan Costa Lima, Rodrigo Andreolli e Tom Monteiro.
Classificação: Não recomendado para menores de 14 anos
Duração: 35 minutos
CACO#4
TUDO VIRA
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Coexistir sem perder o corpo das diferenças, das histórias, das referências e das raízes que impulsionam escolhas, encontros e também desencontros. Sempre junto e nunca igual requer persistência, curiosidade e também uma tonalidade capaz de permitir perceber o que está fora de você, ao mesmo tempo em que você regula, com delicada atenção, tudo que sempre se revira dentro de você. Como nesta passagem do filme Ensaio de Orquestra de Federico Fellini (1978), sobre o instrumento Tuba: “Há quem desmaie de ternura. Mas há também quem se irrite. O mundo é belo porque é variado".
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Uma coreografia de Cristian Duarte em companhia
Criação e Dança: Allyson Amaral, Andrea Rosa Sá e Felipe Stocco
Coreografia e Direção: Cristian Duarte
Assistência de direção: Rodrigo Andreolli
Acompanhamento dramatúrgico: Júlia Rocha
Figurinos: em companhia
Músicas: Archetypes: I. The Rebel · Clarice Assad · Sérgio Assad · Third Coast Percussion e Ecco/Corri/Sempre de Alessandro Cortini
Iluminação: André Boll
Fotografia: Leandro Berton (ensaios) e Mayra Azzi (aberturas e apresentações)
Produção: Corpo Rastreado - Lud Picosque
Sempre Junto e Nunca Igual: Aline Bonamin, Allyson Amaral, André Boll, Andrea Rosa Sá, Casa do Povo, Cristian Duarte, Corpo Rastreado, Danielli Mendes, Felipe Stocco, Gabriel Fernandez Tolgyesi, Júlia Rocha, Leandro Berton, Mauricio Alves, Mayra Azzi, Paulo Carpino, Renan Costa Lima, Rodrigo Andreolli e Tom Monteiro.
Classificação: Não recomendado para menores de 14 anos
Duração: 25 minutos
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CACO#5 chegando logo mais...
CACO#3
BOTE
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Provocar o delírio significa a constante negociação com a matéria. Enquanto delira o bicho do humano edifica seres e arquiteturas. Enquanto dura o movimento, durará também um ambiente ficcional inaugurante que existirá na própria duração de um movimento de braço, por exemplo. Como o animal que aproveita o momento do bote. Ele confia em toda a sua sabedoria anatômica, numa organização de vida e morte que será, e só poderá ser, numa fração de segundos. Acertando ou não a presa, o bote é a verdadeira fome e nada mais!
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Uma coreografia de Cristian Duarte em companhia
Criação e Dança: Danielli Mendes e Leandro Berton
Coreografia e Direção: Cristian Duarte
Assistência de direção: Rodrigo Andreolli
Acompanhamento dramatúrgico: Júlia Rocha
Figurinos: em companhia
Músicas: Rover and Recede/Hovering Green/Cooper and Emma/The Fragile Season/You Are Still Here/Cleaning - Jennifer Koh (Alone Together)
Iluminação: André Boll
Fotografia: Gabriel Tolgyesi
Produção: Corpo Rastreado - Lud Picosque
Sempre Junto e Nunca Igual: Aline Bonamin, Allyson Amaral, André Boll, Andrea Rosa Sá, Casa do Povo, Cristian Duarte, Corpo Rastreado, Danielli Mendes, Felipe Stocco, Gabriel Fernandez Tolgyesi, Júlia Rocha, Leandro Berton, Mauricio Alves, Mayra Azzi, Paulo Carpino, Renan Costa Lima, Rodrigo Andreolli e Tom Monteiro.
Classificação: Livre
Duração: 12 minutos
cacos no teatro arthur azevedo • fevereiro 2025
cacos na faroffa • março 2025
cacos no teatro paulo eiró • abril 2025
CACO#1
MORDE COMO UM CÃO
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Nada escapa, seguimos em um espaço descontínuo de sinapses frenéticas. Salivamos com graça e mordemos com força. Entre o desejo de seguir juntos e desmoronar emerge uma dança vigorosamente instável.
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Uma coreografia de Cristian Duarte em companhia
Criação e Dança: Aline Bonamin e Paulo Carpino
Coreografia e Direção: Cristian Duarte
Assistência de direção: Rodrigo Andreolli
Acompanhamento dramatúrgico: Júlia Rocha
Figurinos: em companhia
Música: Tom Monteiro
Iluminação: André Boll
Fotografia: Leandro Berton (ensaios) e Mayra Azzi (aberturas e apresentações)
Produção: Corpo Rastreado - Lud Picosque
Sempre Junto e Nunca Igual: Aline Bonamin, Allyson Amaral, André Boll, Andrea Rosa Sá, Casa do Povo, Cristian Duarte, Corpo Rastreado, Danielli Mendes, Felipe Stocco, Gabriel Fernandez Tolgyesi, Júlia Rocha, Leandro Berton, Mauricio Alves, Mayra Azzi, Paulo Carpino, Renan Costa Lima, Rodrigo Andreolli e Tom Monteiro.
Classificação: LIVRE
Duração: 18 minutos
fotos de todos os cacos no flickr
crítica de Rodrigo Monteiro_Oblíqua